Maconha é uma droga muito conhecida. Mas o que é a tal da maconha medicinal que ouço falar?

A maconha medicinal, como o nome diz, é a planta usada como tratamento para certas doenças.

Qual a diferença entre a maconha normal e a medicinal?

A princípio, nenhuma, apenas que a primeira é usada de maneira “recreativa” e a outra como um remédio. Só que, como você sabe, a maconha é proibida no Brasil. Isso quer dizer que quando ela é comprada ilegalmente, não há como garantir a qualidade dela. A maconha medicinal, já que se trata de um remédio, é mais controlada e de qualidade.

Mas calma: se a maconha é proibida, como pode ser usada como remédio?

Sim, a maconha ainda é proibida no Brasil, você tem razão. Mas as autoridades já têm autorizado o uso dela como remédio em alguns casos específicos, como no tratamento de convulsões graves, do Parkinson e da depressão. Existe uma lei, de 2006, que permite o plantio da maconha para pesquisadores.

E como funciona isso? As pessoas que querem tratamento compram do tráfico?

Não. Isso pode acontecer de dois jeitos: ou elas importam a substância usada no tratamento, ou compram de algumas (poucas) organizações que têm permissão de plantar a maconha no Brasil. Mesmo nesses casos, as pessoas não recebem maconha para fumar e sim extratos com substâncias retiradas da planta, como o canabidiol (também chamado de CBD).

Ouvi dizer que a Anvisa estava pensando em liberar a maconha no Brasil. É verdade?

A Anvisa está analisando se permite a produção de medicamentos com base na maconha. Se ela tomar mesmo essa decisão, isso não significa que a droga será legalizada. Ainda será crime plantar e traficar a maconha.

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Mas vale a pena arriscar? A maconha não é uma droga perigosa, a tal da “porta de entrada” para coisas mais pesadas?

Sem entrar na discussão a respeito do uso recreativo da maconha, a gente precisa entender que a Anvisa quer regulamentar o uso medicinal dessa droga. Ou seja, ela seria apenas usada em tratamentos indicados por médicos. Assim como qualquer remédio, seria necessário passar por uma consulta com um profissional para comprovar a necessidade dessa droga e uma receita para comprar as substâncias feitas dela. E não necessariamente esses tratamentos envolveriam fumar a maconha, que é uso mais conhecido. Em muitos casos, os pacientes usariam extratos líquidos que não dão o famoso “barato”.

Estou perguntando isso porque sei que em alguns países, como nos Estados Unidos, a maconha foi liberada. Corremos esse risco?

Não posso prever o futuro, claro, mas a discussão que está acontecendo agora no Brasil está bem longe da liberação do uso da maconha. Como eu disse, o foco é na criação de remédios. Mesmo nos lugares onde a maconha foi mesmo liberada existem regras. Menores de idade não podem comprar a droga e é preciso ter uma autorização oficial para vendê-la e plantá-la.

E qual seria a vantagem de liberar a maconha?

Enfraquecer o tráfico de drogas, gerar dinheiro em impostos e controlar a qualidade da droga usada pelos cidadãos, evitando maiores problemas de saúde.

Saiba mais: 

https://drauziovarella.uol.com.br/reportagens/obtencao-de-cannabis-medicinal-sofre-com-burocracia/

https://oglobo.globo.com/sociedade/anvisa-adia-decisao-sobre-maconha-medicinal-24018946

https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2019/10/anvisa-adia-decisao-sobre-aval-a-plantio-de-cannabis-para-uso-medicinal.shtml

https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/maconha-entrevista/

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