(Foto: Wikimedia Commons/OMC)

Em primeiro lugar, o que é a OMC? O que ela faz? É tipo a ONU?
O que ela tem de parecido com a ONU é que ela reúne um monte de países (são 159), com a diferença de que a Organização Mundial do Comércio trata de um tem específico: o comércio, claro.

Que tipo de comércio? Se a minha mãe – lembra dela? – ,  que vende brigadeiro quiser expandir os negócios para ia França ela tem que ir na OMC?
Não. O que OMC faz é cuidar das relações entre os países-membros. Um país que se sentir prejudicado por outro pode reclamar na OMC, que olha para o caso e diz quem está certo ou errado.

Ainda não entendi.
Por exemplo: digamos que os EUA aumentem, do nada e sem avisar, o imposto sobre algum produto que o Brasil produz e exporta para lá. O Brasil vai ficar bravo porque isso vai prejudicar os produtores daqui, que já estavam vendendo para os EUA antes. O Brasil vai até a OMC e diz: “OMC, os EUA não estão sendo justos conosco: antes eles compravam de nós e o imposto era um. Agora, sem avisar, sem justificar, dobraram o valor!”. A OMC vai olhar para o caso e perguntar pros EUA se é verdade e o porquê de aumentarem o imposto. E vai decidir quem está “certo”.

Ah, então é como se fosse um juiz!
Isso! Mas para questões do comércio entre os países. Esse exemplo que eu dei é bem simplificado, mas, no fundo, é isso o que acontece. Além disso, ela cria acordos de comércio entre os países.

E o país que é condenado é obrigado a fazer o que ela manda?

Não é obrigado, mas geralmente o pessoal cumpre as determinações. Elas não chegam a ser uma sentença ou uma ordem. Por exemplo, os EUA já foram condenados na OMC em disputas com o Brasil, mas resolveram não aceitar a decisão. Num caso como esse, a vitória é mais política e moral do que prática, mas mesmo assim é importante.

Tá, e esse brasileiro aí, que virou o presidente da OMC?
Não foi presidente, ele foi eleito diretor-geral e vai ficar no cargo por quatro anos. Ele se chama Roberto Azevêdo, é embaixador e conseguiu vencer a eleição com a ajuda do ministro das Relações Exteriores e da presidenta Dilma.

É importante de verdade isso?
É sim. É a primeira vez que o bloco dos países mais desenvolvidos não consegue colocar quem eles querem na chefia de uma dessas organizações importantes. Isso quer dizer que os interesses dos países em desenvolvimento provavelmente vão ter mais espaço a partir de agora.

Mas tinha um mexicano disputando com ele. México é do bloco dos países desenvolvidos?
Não, você ten razão. Porém, o candidato mexicano, chamado Hermínio Blanco, era apoiado por países como os EUA. Ou seja, ele representava os desenvolvidos.

Saiba mais:
– Folha
– Valor
– Folha 2
– O que é a OMC?

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