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(Foto: Wikimedia Commons)

Eleito ontem, o papa Francisco é argentino e o primeiro jesuíta a comandar o Vaticano. Mas quem são esses religiosos, você deve estar se perguntando. De onde vieram, o que fizeram, para onde vão?

Quem são os jesuítas?
São os membros da Companhia de Jesus, uma organização religiosa que foi fundada em 1534 por São Inácio Loyola e São Francisco Xavier, os dois filhos de famílias nobres da Espanha que resolveram se dedicar à religião e à caridade.

O que ela faz? Para que serve?
A missão dos jesuítas é se dedicar a evangelizar (apresentar a Bíblia) e converter a quem não é católica e cuidar dos pobres e doentes. Os jesuítas são famosos por terem espalhado catolicismo pelo mundo todo, inclusive aqui no Brasil. Também se fala muito no voto de pobreza – eles recusam posses materiais e vivem de maneira humilde, sem luxo nenhum.

Porque queriam espalhar o catolicismo?
Porque naquela época começava a Reforma Protestante, uma separação dentro da Igreja Católica que gerou o protestantismo – que é o cristianismo dos evangélicos, luteranos, batistas, presbiterianos etc. Era necessário conseguir mais fiéis já que a concorrência estava aumentando.

Eles são importantes?
Sim. Eles têm um impacto forte dentro e fora da Igreja. Eles foram responsáveis por fundar várias cidades do mundo, como São Paulo e Rio. São Franciso Xavier viajou pela Índia, Japão, e até a China e conseguiu levar a Igreja ao oriente.

Mas esse negócio de converter os outros não é autoritário?
Um pouco. Religião é um negócio complicado. Quando vieram para cá para converter os índios, os jesuítas achavam que eles estavam salvando as pessoas. Mas, sim, eles impuseram a fé em quem viva aqui. Mas os jesuítas respeitavam algumas coisas. Por exemplo, se esforçavam para aprender a língua local e se comunicar com as pessoas. A primeira gramática do tupi-guarani foi escrita pelo padre jesuíta José de Anchieta, um dos fundadores de São Paulo.

Tá, mas essas coisas aconteceram faz tempo. E hoje em dia?
Bom, os jesuítas estão ligados a movimentos de esquerda e nos anos 70 geraram a Teologia da Libertação, um pensamento religioso que se mistura com política. A Companhia de Jesus fundou muitas escolas e universidades pelo mundo e ainda hoje é influente. Tem mais de 20 mil membros e continua a ter bastante poder. Ainda mais agora, com o papa Francisco no comando dos católicos.

Saiba mais:
Folha
Estadão
Jesuítas do Brasil

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