No “Sem Dúvida” do mês de outubro, eu explico qual é a função do famoso Conselho de Segurança das Nações Unidas. Leia abaixo:

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Quando a situação começa a ficar complicada no Oriente Médio, não demora muito para algum comentarista perguntar se a ONU não vai fazer nada. Mas o que ela pode fazer? Teoricamente, salvar o mundo. Uma de suas funções é “manter a paz internacional e a segurança, e para esse fim, tomar medidas efetivas para a prevenção e remoção de ameaças à paz”. É o que diz o primeiro capítulo de sua carta de fundação.

Dentre os muitos órgãos e departamentos que as Nações Unidas têm, um dos mais famosos e controversos é o Conselho de Segurança. Ele é o responsável por definir o que pode ser considerado uma ameaça ou agressão em nível internacional. Funciona como um tribunal de nações e tem o poder de autorizar um ataque de um país a outro e impor sanções econômicas e militares a quem descumprir acordos.

Mas na prática não é bem assim. Em primeiro lugar, sua composição principal não muda desde 1946, quando começou a atuar. EUA, China, França, Reino Unido e Rússia ocupam as chamadas cadeiras permanentes. Os cinco também têm poder de vetar qualquer resolução aprovada pelos outros 10 membros, que são trocados a cada dois anos. Para tentar equilibrar as coisas, alguns países (como Índia e Brasil) pedem que novos países tenham assentos permanentes no conselho.

E nem sempre as decisões tomadas são respeitadas. Os EUA, por exemplo, invadiram o Iraque em 2003 sem a autorização da ONU — e não sofreram nada por isso. Outras vezes, o Conselho foi acusado de omissão, como no genocídio de Ruanda em 1994, quando não tomou providência para impedir o massacre.


 

O que são armas químicas? 
São armas de destruição em massa feitas com substâncias tóxicas que matam através de ingestão, inalação ou contato com a pele. Foram proibidas em uma convenção internacional em 1993, quando foi determinado que os países signatários não podem usar, produzir, comprar ou armazenar estas armas. Mas alguns países (Angola, Egito, Sudão do Sul, Coreia do Norte e Síria) não assinaram o acordo. Outras duas nações (Israel e Mianmar) assinaram, mas não ratificaram o acordo. Na prática, a convenção só passa a valer se o parlamento der o seu aval — o que não aconteceu até hoje. E ainda assim há países que armazenam armas feitas com cloro (que causa morte por sufocamento), gás mostarda (queima a pele), cianeto de hidrogênio (asfixia) e gás sarin (ataca o sistema nervoso), entre outros.

 


DIOGO ANTONIO RODRIGUEZ é jornalista, cientista social e autor do blog Me Explica?, onde destrincha atualidades e notícias, www.meexplica.com

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