A polêmica em torno da anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro segue movimentando o Congresso. A ideia, proposta pelo deputado Major Vitor Hugo (PL), pretende perdoar quem foi responsabilizado pela tentativa de golpe daquele dia. Mas o que isso tem a ver com o ex-presidente Jair Bolsonaro? Vamos explicar.
Atentado ao STF e planos de assassinato complicam o cenário
Dois episódios recentes dificultaram ainda mais o avanço da anistia. O primeiro foi o atentado em frente ao STF, cometido por Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Meiabomber”. O segundo foi a prisão de militares acusados de planejar a morte do presidente Lula, do vice Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. Esses planos foram encontrados no celular de Mauro Cid, ex-assessor de Bolsonaro.
Com a repercussão desses casos, a pressão para punir os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro aumentou, e o apoio à anistia diminuiu.
O impacto para Jair Bolsonaro
Essa reviravolta também é uma má notícia para Jair Bolsonaro. O ex-presidente esperava que a anistia pudesse abrir caminho para recuperar seus direitos políticos e se candidatar à presidência em 2026. No entanto, com a crescente rejeição à proposta, esse plano parece mais distante.
Por que a anistia enfrenta resistência?
Especialistas apontam que anistias geralmente são concedidas em momentos de grande tensão social, como ocorreu no Brasil durante a transição da ditadura militar para a democracia. Mas, no caso dos ataques de 8 de janeiro, eles defendem que o correto é punir os responsáveis para prevenir novos episódios semelhantes.
O STF também está alinhado nessa posição. Ministros e juristas consideram que anistiar ou reduzir as penas dos envolvidos seria inconstitucional. Para eles, o Congresso não pode passar a mensagem de que ataques à democracia são toleráveis ou têm consequências brandas.
Qual é o futuro da proposta?
Com a repercussão dos atentados e a rejeição de muitos parlamentares, as chances de aprovação da anistia diminuíram consideravelmente. Inclusive, vários deputados já pediram o arquivamento da proposta. Caso o projeto avance, o STF ainda deverá avaliar sua constitucionalidade.
O que esperar daqui para frente?
O tema promete render muito debate nos próximos meses. Enquanto isso, a pressão segue forte para que os responsáveis pelos ataques de 8 de janeiro continuem pagando por seus atos, sem chances de anistia.
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