Kim Jong-Un, o atual governante da Coreia do Norte (Foto: Reprodução)
Não entendi: o que aconteceu?
Bom, para entender essa situação, você precisa saber que a Coreia do Norte e a do Sul estiveram em guerra entre 1950 e 1953. Isso aconteceu durante o período da Guerra Fria, quando os EUA e a União Soviética disputavam para saber quem era a maior potência do mundo.
Tá, OK. A Coreia do Norte é comunista, isso eu sabia. Mas a Guerra Fria já acabou.
Claro, mas a questão é: a guerra entre as duas Coreias não acabou. Quer dizer, as batalhas pararam em 1953, mas nunca foi declarada a paz entre os dois países. Em 1953 eles assinaram um armistício – um acordo que para uma guerra. Normalmente, depois de assinar o tal armistício, os envolvidos assinam um acordo de paz, o que não aconteceu.
E isso quer dizer que…?
Que as Coreias estão em guerra ainda. Pelo menos tecnicamente.
Beleza. E agora o Coreia do Norte disse que o tal do armistício não vale. Por quê?
Eles dizem que a Coreia do Sul está se preparando para atacar porque estão acontecendo exercícios militares perto da fronteira entre os dois países. Isso seria uma ameaça à Coreia do Norte e uma violação do armistício, então eles declararam que esse acordo está nulo. Na teoria, eles dizem que estão em guerra de novo. Além disso, a ONU reforçou as sanções que já existem ao país, o que também incomodou os norte-coreanos.
Esse argumento faz sentido?
Não muito. A Coreia do Sul diz que avisou com antecedência que faria esses exercícios e que eles são defensivos, o que quer dizer que eles não estão preparando um ataque.
O que é a tal da linha direta?
É uma espécie de telefone que permite a comunicação entre os dois governos. Em momentos de tensão ela é usada para fazer negociações. Nos últimos dias os norte-coreanos não atenderam mais às ligações nesse “telefone”.
Vai mesmo começar uma guerra?
Pouco provável, mas é possível. A Coreia do Norte sempre faz ameaças desse tipo. Fazem testes nucleares, testes com mísseis de longo alcance. Os especialistas dizem que fazem isso para conseguir algumas das coisas que eles querem e precisam.
Saiba mais:
New York Times
Carta Capital
Opera Mundi