Nas redes sociais, muita gente usa o termo “comunista” para acusar opositores com os quais não concorda. Mas afinal, o que é ser comunista?
Hoje em dia, essa palavra aparece em tudo quanto é lugar – em meme, briga de família, protesto ou timeline. Mas será que a gente entende mesmo o que significa?
Spoiler: não tem nada a ver com “proibir iPhone” ou “dividir escova de dente”, tá? Vamos por partes.
O que é ser comunista?
Ser comunista é defender a ideia de uma sociedade radicalmente igualitária. Na teoria, seria um mundo:
- Sem classes sociais (rico x pobre),
- Sem propriedade privada dos meios de produção (fábricas, terras, grandes empresas),
- E, no estágio final, até sem Estado.
Tudo isso com base nas ideias de Karl Marx e Friedrich Engels, criadores do Manifesto Comunista (1848). Pra eles, a sociedade evolui a partir da luta de classes – e o comunismo seria o fim dessa disputa, com uma convivência sem exploração econômica.
Teoria x prática: o desafio de aplicar
Na prática, nenhum país conseguiu chegar nesse comunismo “ideal”.
A União Soviética tentou, assim como China, Cuba, Vietnã e outros. Mas em vez de uma sociedade sem Estado, o que se viu foram governos com forte controle estatal, partido único e, muitas vezes, repressão.
Ao mesmo tempo, houve avanços importantes: erradicação do analfabetismo, saúde pública, acesso à moradia. Mas os custos foram altos: autoritarismo, crises econômicas e, em alguns casos, milhões de mortes.
E no mundo de hoje, o que é ser comunista?
Atualmente, apenas cinco países têm governos de partido comunista: China, Cuba, Coreia do Norte, Vietnã e Laos. Mas mesmo neles, a economia tem elementos capitalistas, como empresas privadas, investimentos estrangeiros e produção voltada para o lucro.
Ou seja: na prática, o comunismo “puro” ainda é uma utopia.
E no Brasil?
Por aqui, temos partidos comunistas desde 1922. Mas o Brasil nunca foi comunista. Nossa economia é capitalista, com propriedade privada, bancos, empresas e desigualdade social.
Mesmo assim, muita gente ainda chama os outros de “comunista” só por defender políticas públicas, igualdade ou regulação de mercado.
Mas e aí… Comunista pode usar iPhone? 📱

Ah, a pergunta que não quer calar!
Resposta curta: Pode sim.
Usar iPhone, Android, notebook ou pedir delivery não contraria a ideologia comunista. Vamos entender por quê?
1. Meios de produção x bens de consumo
- Meios de produção: fábricas, terras, bancos – ou seja, aquilo que gera lucro e explora trabalho.
- Bens de consumo: produtos como roupas, comida, celular.
O comunismo critica quem lucra com a produção, não quem consome o produto. Então sim, um comunista pode ter um iPhone sem incoerência.
2. Propriedade coletiva não significa abrir mão de tudo
A ideologia comunista não propõe que tudo seja coletivo. A proposta é coletivizar o que produz riqueza, não obrigar ninguém a dividir escova de dente ou celular pessoal.
3. Na prática, ninguém vive em bolha
Mesmo militantes comunistas compram em supermercados, usam bancos e aplicativos – porque vivem num mundo capitalista. Alguns optam por consumo consciente, como software livre ou marcas independentes, mas isso é opcional, não regra.
E ser comunista hoje, afinal?
Ser comunista hoje é:
- Criticar o modelo capitalista e suas desigualdades;
- Defender mudanças estruturais no sistema econômico;
- Acreditar que a riqueza deve ser compartilhada de forma mais justa;
- E sonhar com um mundo sem exploração.
Pode ser um ato político, ideológico, cultural ou simbólico – e por isso o termo segue atual.
Por que isso importa tanto?
Porque o termo “comunismo” virou símbolo de disputa.
👉 Para uns, representa o fim da liberdade e o caos.
👉 Para outros, é a promessa de um mundo justo, sem miséria e com dignidade.
E essa polarização se reflete na política, nas redes e até em pesquisa:
📊 Em 2023, 52% dos brasileiros disseram achar que “o país está próximo do comunismo”.
📊 E nos EUA, 18% dos jovens da geração Z acham que o comunismo seria mais justo que o capitalismo.
No fim das contas…
Ser comunista não é sobre o que você consome, mas sobre o que você defende.
É uma visão de mundo que propõe regras novas para o jogo: sem donos dos meios de produção, sem exploração do trabalho, com foco na igualdade.
Pode parecer radical? Sim.
Pode funcionar? Depende de quem você perguntar.
Mas é um debate que continua vivo e atual.
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