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Ontem só se falou desse ataque. Vi algumas notícias, mas não entendi direito. O que aconteceu?
Um homem entrou atirando na boate Pulse, dedicada ao público gay, na madrugada do domingo (horário do Brasil). Ele estava com uma arma automática, que consegue disparar diversas vezes por segundo. Matou 50 pessoas e feriu 53.
Por que ele fez isso?
O que se sabe até agora é que ele dizia odiar gays, segundo informações do pai do homem.
Ele era árabe?
Seus pais eram do Afeganistão. Ele nasceu nos EUA e era cidadão do país.
Mas ouvi dizer que foi coisa do Estado Islâmico. É verdade?
O Estado Islâmico diz que é responsável pelo ataque. Mas essa informação contraria o que disse o pai do atirador, que ele não tinha ligações com nenhum grupo terrorista. Horas antes de atacar a casa noturna, o atirador ligou para o telefone de emergência dos Estados Unidos e disse que era membro do EI. Para sabermos com certeza, essa possível conexão tem de ser investigada mais a fundo.
Estão dizendo que foi homofobia. Estão errados, então?
Mesmo que se confirme a ligação do atirador com o Estado Islâmico, o crime pode ainda ser considerado um ato de homofobia. A boate Pulse era conhecida por ser voltada à comunidade gay e realizar atividades políticas em favor dos direitos dos homossexuais.
É impressão minha ou esse tipo de ataque com armas acontece muito nos Estados Unidos?
Não é impressão, é um fato. Antes do ataque em Orlando, já haviam acontecido outros 172, só em 2016. E esse, de acordo com a imprensa americana, é o mais violento da história dos EUA.
Também vi numa manchete que tem gente criticando as leis americanas sobre armas. Por quê?
Nos Estados Unidos, qualquer pessoa tem o direito de ter uma arma. O atirador de Orlando, por exemplo, tinha licença para as duas armas que usou no ataque. Muita gente diz que é fácil demais comprar armas nos EUA e que a legislação deveria ser revista. Mas existem grupos que resistem, dizendo que é ilegal interferir nesse direito de ter armas, que está na Constituição Americana. Essa é uma questão bastante complicada por lá, e sempre rende debates acalorados.
Saiba mais:
El País Brasil: 50 mortos no pior massacre nos EUA desde o 11 de setembro
UOL: EI reivindica responsabilidade por ataque em boate de Orlando