Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro foi acusado de estar tramando um golpe de estado. Suspeita-se de que ele esteja preparando o terreno para uma ação desse tipo por conta da mudança súbita no Ministério da Defesa e nos comandos das Forças Armadas. Os militares que faziam parte de seu governo teriam discordado dos planos de Bolsonaro de criar um regime autoritário e isso explicaria todas as saídas. Mas o que é um golpe de estado?
O que é um golpe de estado?
Acontece um golpe de estado quando um grupo pequeno de pessoas toma o poder de um país para si à força. Geralmente, esse grupo “rouba” o poder de um líder legítímo, ou seja, escolhido pela população do país.
Como assim?
Vamos pensar em um país fictício que tenha um presidente eleito pelo povo. Digamos que o exército desse país, apoiado por empresas, gente rica e outros grupos, decida tirar o presidente do cargo porque não gosta das políticas dele. O que eles fazem? Dão um golpe. Em vez de esperar as eleições e apoiar um outro candidato, esse grupo de pessoas simplesmente remove a pessoa do poder.
E coloca quem no lugar?
Aí depende muito do caso, mas geralmente golpes levam a ditaduras, como aconteceu em Mianmar recentemente, no Chile, no Brasil, e em diversos outros países.
Por que sempre falam em exército quando falam em golpe?
Porque golpes geralmente são dados usando a força (ou ameaçando usá-la). E o que as Forças Armadas têm? Sim, armas. Por isso, quem dá golpe pode dar um ultimato: ou o líder político sai do cargo, ou ele pode ser morto. Foi o que aconteceu recentemente em Mianmar. Por lá, o exército tirou um presidente eleito democraticamente do poder e passou a governar no país.
Golpe e revolução são a mesma coisa?
De uma maneira geral, um golpe de estado é dado por um grupo pequeno de líderes civis ou militares, que passam a ter o poder. Uma revolução implica uma mudança de regime de governo e, geralmente, é feita por um grupo maior de pessoas, apoiado por parcelas significativas da população. Isso não quer dizer que revoluções não possam acabar em ditaduras, claro. Mas geralmente, usamos essa palavra quando uma grande parte da sociedade se envolve nesse processo de mudança.
