Nesse último fim de semana, aconteceu o Festival Path, que reuniu mais de 100 palestrantes de várias áreas. E não estou exagerando. Tinha startups, empresas de comércio eletrônico, produtoras de vídeo, companhias de tecnologia, de educação, arte e música. Claro, e o Me Explica?, com uma palestra sobre como se informar melhor na era da internet.

Com tantas opções, foi difícil escolher ao que assistir. Nem se uma pessoa pudesse se desdobrar em quinze, conseguiria ver tudo. Portanto, esse é um relato bem incompleto do Path, mas acho que mostra o espírito de diversidade que o festival quis criar – e conseguiu.

No sábado, vi o Marcel Nadale, editor da Mundo Estranho, explicar como é que eles fazem para aumentar as vendas da revista nesse mundo de crise do jornalismo impresso. O segredo deles, na minha opinião, é conversar muito com os jovens leitores. Depois, foi a vez da mesa com o Fabio Seixas (Conspiração), Pablo Capilé (Fora do Eixo) e Pedro Tourinho (Procure Saber, entre outros). Falou-se muito da descentralização da produção de cultura no Brasil e em como deixar de depender dos grandes veículos de mídia para disseminar informação e cultura. No fim do dia, música para relaxar a cabeça, como o violonista sul-africano Guy Buttery, Mariana Aydar e Lia Paris.

O sol não deu trégua no domingo, que começou com um debate animado com o professor da PUC-SP e diretor de cinema Júlio Wainer. Ele nos contou que a sua geração passou um momento parecido com o que vivemos hoje, onde as possibilidades parecem infinitas ao mesmo tempo que muito do que já estava estabelecido no mundo da comunicação parece prestes a ruir. À tarde, Giuliano Cedroni (da Pródigo Filmes) explicou como funciona o mercado de séries no Brasil. Falou dos limites e das possibilidades, e aconselhou os aspirantes a roteirista a nunca deixar de pensar nas complicações de produção que o texto pode trazer. Jackie de Botton (The School of Life) fez um diagnóstico dos anseios modernos por produtividade e tecnologia e argumentou que os valores serão cada vez mais importantes num mundo em que a religião não mais a senhora da moralidade. Regado a cervejas geladas, o fim do dia teve Tiê cantando com seu violão.

O Me Explica? teve o prazer de participar e de ser parceiro do Festival Path. Além da oportunidade de palestrar, tivemos o privilégio de testemunhar que um evento sobre ideias novas tem muito espaço em São Paulo – e esperamos que cresça ainda mais em 2014. Nós estaremos lá, podem ter certeza.

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